Relacionamentos relâmpago estão na moda, tal como as redes sociais, sertanejo universitário e a sofrência. Mas poucos sabem o mal que isso faz para as duas partes. A dor é pior tanto para o conquistador quanto para a conquistada.
Relacionamentos acabam cedo demais, porque as pessoas deixam de colocar o mesmo esforço para mantê-lo como fizeram para conquistá-lo.
As histórias são sempre as mesmas e nunca param de repetir. A única diferença é o endereço e os protagonistas. São meses e meses de conversas nas redes sociais, convites, cantadinhas, cartinhas, mensagens de bom dia e boa noite, etc. As ferramentas de conquista ficaram banais, até mesmo as que antigamente tinham um valor sagrado para buscar um grande amor.
Não vamos listar aqui o que acontece neste tipo de relacionamento e sim no fim deles. Dissemos o fim deles porque o caminho todos conhecem e alguns engolem seco só de lembrar. Porque terminam na mesma velocidade como começam. Como entender aquele esforço todo para ter aquele ou aquela a todo custo para depois simplesmente fazer parte de sua estatística. Ou pior, no hall da fama das pessoas que tanto desejaram.
O final é sempre a pior parte pois vemos nas notícias as atrocidades que acontecem sobre casais que se separaram com tão pouco tempo de relação. São pessoas que não aceitam o fim porque não compreendem ou se negam a compreender por não entender o porque. Apelam para a ignorância ou para pior pelo simples fato de não aceitar o fim daquilo que nunca deveria ter começado.
O amor se constrói com o tempo, passo a passo, pedra sobre pedra.
Um relacionamento deveria ser como uma escultura a partir da pedra bruta onde o escultor passa dias olhando para algo sem forma antes de dar as primeiras repicadas no mármore. Um relacionamento não surge do nada, simplesmente se dá forma com o tempo. Ele precisa ser sentido, desde o primeiro arrepio de um abraço de despedida.
As pessoas que conquistamos tem história, passado, outro que um dia sentiram aquele mesmo abraço, beijo e até o cheiro. Um dia alguém pegou naquela mão, olhou para aqueles olhos e escutou aquela voz das mais diversas tonalidades. E não podemos esquecer os defeitos. Todos tem e somente cada um pode se desfazer deles ou então aprenda a conviver com eles.
As aparências enganam porque atrás daquela beleza toda também existe uma história e seus objetivos. É como uma bela caixa de morangos: Você sabe que precisa pagar para ver se todos eles são como os que estão em cima. E por estar numa caixa é porque você prefere assim do que ir colher um por um numa grande plantação lá no interior do estado. É, a beleza tem suas surpresas e também o seu preço. Tudo é um encanto até que você abre a caixa e vê o que tem abaixo daqueles belos morangos.
Portanto todo o verdadeiro relacionamento é construído e não só conquistado. É onde todos pulam fora quando descobrem o passado, os defeitos e os morangos podres no fundo da caixa. Todos tem o seu valor e sua história, então conheça e valorize. Bem como tem os seus defeitos e por serem muitos leva tempo para conhecê-los. Esqueça a frase “só conhecemos a pessoa quando dividimos o potinho de escovas de dente.” Só conhecemos alguém andando de mãos dadas… com o tempo.
Paz e Luz para todos! Até a próxima.
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