Isolamento: O que aprendemos com ele?

Isolamento: O que aprendemos com ele?

Tempo de leitura: 4 minutos

Isolamento social está sendo um teste para todos no mundo inteiro. Estamos pertos de completar um ano de pandemia e o que tudo isso nos ensinou no que cerca os relacionamentos? O que casados e solteiros aprenderam, ou não, estando isolados em suas casas? Estar sozinho é a melhor solução? A parceria que escolheu, aquele “presente de Deus” era, de fato, a escolha certa? Não tem como negar, a gente vai aprender, querendo ou não, alguma coisa em uma fase em que tivemos que ficar isolados de tudo e de todos tendo somente nossa companhia ou do parceiro que escolhemos.

No isolamento alcançamos nossos limites e o do outro

Falamos muito sobre relacionamentos em todos os aspectos passando para o leitor uma visão ampla de como fazer dar certo. Mas, também, sabemos que na prática nem sempre é como diz nos livros, nas conversas com os amigos, etc. Relacionamento é uma arte. A arte de saber dividir, compreender, se doar, aceitar e saber dizer não, mesmo quando quereremos dizer sim. Em certos momentos precisamos encarar desafios onde realmente descobrimos quem está ao nosso lado. É o momento em que realmente descobrimos os nossos limites e o do outro. É muito mais do que só sentar e conversar, é saber ouvir e ser ouvido de forma integral. É onde, por exemplo, fraquezas são reveladas que tentamos esconder a todo o custo do parceiro. Onde uma luta para não mostrar nosso pior lado é vencida e precisamos argumentar o que nunca precisamos falar nem para nossos pais.

Quando seu par dos sonhos vira pesadelo

Toda a escolha tem um preço e a pandemia mostrou que aquele seu “presente de Deus” se revelou um presente de Grego. Largou um relacionamento de anos para curtir uma experiência nova com glamour, dinheiro, viagens, tatuagens, etc. Quantas vezes a frase “putz, e eu achei que fulano não era de nada” se repetiu na sua cabeça? Mais de 10.000 pedidos de divórcio só no ano de 2020 provou que, sim, devemos saber fazer a escolha certa e que essa escolha está muito além da beleza física, se a casa é própria, modelo e ano do carro e de quanto entra na conta bancária todos os meses. A futilidade não tem vez na hora sim no altar.

Felizes para sempre! Sempre? A que custo?

O isolamento na vida de um casal foi um teste para sabermos até onde conseguimos ir juntos, lado a lado. Mostrou se estamos ou não preparados para tocar uma vida por 30, 40 anos se dedicando a uma só pessoa. Provou até que ponto você é capaz de ser uma pessoa de palavra quando prometeu para o seu par dizendo: Estou contigo para o que der e vier. Bem, veio. Já no primeiro mês, ou até no segundo, percebeu que não conseguiam fazer o celular ficar quieto por causa de certas amizades, aquelas do “nada a ver, isso é coisa da sua cabeça”. Viu que uma vida em casal querer pesar a “privacidade” é muito complicado. Privacidade na vida de um casal é um assunto a ser conversado e ACERTADO antes do primeiro beijo. Por exemplo: senha no celular é para o bandido e não para o seu parceiro. Não concorda? Será que está pronto para uma vida a dois? Pense bem. Ciúmes e desconfiança são duas coisas muito diferentes.

Quando a vida do “Eu com Eu” já não tem nem cor!

A pandemia, por fim, também ensinou aqueles que acreditavam que não ter alguém para dividir sua felicidade e tristeza era a escolha certa. Desta vez se viu maratonando seriados só na companhia de uma taça de vinho por meses se mostrou algo chato. Os “contatinhos” não demoraram para descobrir primeiro que você que a vida de solteiro tem data de validade e nunca é tarde para descobrir as coisas boas que uma vida a dois tem para oferecer. No isolamento ficar sozinho em casa por muito tempo exige que tenhamos uma conversa consigo mesmo. Estar solteiro beira o egoísmo pois queremos todos os momentos, bons ou ruins, que a vida nos proporciona só para nós.

No raiar de um novo dia, depois do isolamento!

Por causa da pandemia o isolamento separou muitas pessoas. Moveu o mundo de tantas pessoas que por séculos gerações ainda lembrarão do que aconteceu. Perguntarão para você “o que fez na pandemia”? No abrir das portas, no final de tudo isso, não serão só as vacinas que curarão as pessoas, mas as novas atitudes acertadas para uma nova realidade. Uns que decidiram se separar porque que o seu “presente de Deus” não foi a melhor escolha e resolveram que a vida de solteiro por um período fará bem. Já os solteiros descobriram que ter alguém para dar uma atenção especial todos os dias era o que faltava para alegrar suas manhãs e noites, mesmo que não dividam um espaço. Um “boa noite, estou pensando em você” tem um valor muito maior do que “vai pensar em mim no banho?” ou “lembra do mês passado? Vamos de novo?”. Em vez de finais de semana com uma pessoa diferente que mal lembram o nome, agora dá lugar para um abraço demorado no reencontro com um soluçante “que saudades”.

 

Paz e Luz para todos! Até a próxima.

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