A difícil arte de ser solteiro começa pela resiliência, passa pela reconquista do amor próprio e depois segue pela revisão pessoal. 2017 se encerra com baixas inesperadas, mas com uma pequena chama de esperança de que 2018 seja um ano de renovação para todos nós.
Ser solteiro para alguns é uma maravilha pois é parte da identidade do independente, enquanto que pra outros é uma fase que quanto menor ela for melhor. É uma fase de cura onde repensamos, refletimos, calculamos ganhos e perdas, choramos para depois sorrir. No início nunca é fácil porque você tem que se readaptar a uma velha rotina onde não existirá mais aquela pessoa nem seus pensamentos e nem no seu coração. É onde chamamos de vazio. Para os que ainda amam quem perdeu é como passar por um processo de abstinência, desapego, resistir a tentação de ligar pedindo para voltar ou mandar uma mensagem dizendo que ainda a ama.
Enquanto alguns comemoram sua liberdade, ligam para aquela pessoa que a muito tempo esperava pelo momento da separação outros passam por um caminho mais dolorido juntando seus pedaços. No primeiro dia você se dá conta que não recebe mais aquele “Bom Dia” por sms, se vê sozinho até pra decidir o que vai ser feito no final de semana. Já na hora de dormir é mais difícil por não ter aquela ligação de “Boa Noite” seguido do “Como está?” e o “Como foi o seu dia!”. É um espaço que terá que ser seu novo companheiro por um bom tempo.
O solteiro deve saber usar tanto o espaço cedido quanto o tempo disponível.
Você não precisa sair correndo atrás de outra pessoa para ocupar uma vaga que ainda nem foi dado baixa por completo na sua vida. O sentimento de solidão pode ser revertido por momentos de reflexão. Afinal você não quer cometer os mesmos erros de novo com outra pessoa, não é? O tempo, por mais difícil seja aceitá-lo, pode ser um grande aliado se usá-lo da forma certa. As feridas ainda estão frescas então é um bom momento de pensar mais em você. Pode aderir a leitura, exercitar-se, caminhar, ir ao cinema, visitar um amigo a muito tempo afastado ou viajar. Deixe o universo saber que você aceitou sua nova fase para que possa lhe enviar novas energias para revigora-lo.
Novas rotinas, amigos, caminhos, uma nova porta se abre já que fecharam uma janela. Nos momentos a sós você passa a ser sua melhor companhia, seu melhor amigo. É quando começamos a descobrir o verdadeiro significado do amor próprio. Passamos a entender o quanto é importante nos amar antes de amar alguém. Existimos por nós mesmos e não só pelos outros e que devemos, sim, nos dar o devido valor sempre. Para dar atenção, cuidar, zelar por alguém que gostamos devemos primeiro oferecer isso tudo a nós mesmos primeiro. Como vais cuidar de outro jardim se não conseguir cuidar do seu?
Ser solteiro é um período de reconstrução, uma reforma na alma e no coração.
Enquanto acreditar que o processo de cura é indispensável o tempo será apenas uma passagem rápida até encontrar quem admirará esse novo “eu” pronto para fazer alguém feliz, pois a felicidade já estará em ti.
É normal ficarmos mais exigentes, um pouco mais desconfiados e inseguros. A passagem da cura deixa avisos para sermos mais cautelosos pois não queremos voltar a apertar na mesma tecla. Isso é bom pois éramos intensos no início entrando em uma relação de cabeça e assumindo riscos sozinhos.
Ser solteiro é ter seu momento de paz interior a fim de dar um tempo se dedicando só para si. Estar em paz com você mesmo faz com que atraia coisas boas e dias mais suaves começam a alvorecer. É irresistível um sorriso confiante, passos mais firmes e a cabeça erguida. Ser solteiro é um período necessário pois quando saímos dele as chances de uma nova relação dar certo ficam maiores.
Paz e Luz para todos! Até a próxima.
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