Existem formas diferentes de entender a si mesmo e cada um tem a sua. Ainda precisamos aceitar que só aprendemos alguma coisa na prática, porque na teoria tudo é lindo, brilhante. Hoje o que temos para abordar não é sobre finais de relacionamento, não é sobre entender algo para passar por um momento difícil. Mas sobre abrir mão e saber aceitar que somos todos falíveis.
Todos sabemos que, em uma relação, na maioria das vezes é dividida em 3 fases: O Se Conhecer, o Se Adaptar e o Viver uma relação. A grande maioria, nos dias de hoje, não passa da segunda fase. E os que passam são, na maioria, pessoas muito bem estruturadas emocionalmente e são seguras no que querem.
O início de uma relação sempre é a melhor parte, que é o “se conhecer” onde desbravamos o mundo do outro e tudo temos em comum. Esse tempo é maravilhoso onde sempre gostaríamos que fosse assim. Você vive um momento de aceitação mútua, onde tudo é uma novidade e sempre queremos que o tempo passe voando. E ele passa mesmo.
Abrir mão
Até que chegamos a segunda fase da relação. É quando realmente testamos nossos sentimentos e o quão profundo é o amor que está crescendo ali. Desta forma é onde descobrimos se alguns detalhes lá do início, do “Se Conhecer”, vão incomodar ou vamos aprender a conviver e abrir mão de algumas exigências com nós mesmos. É onde descobrimos se o maior dos desafios numa relação decidirá se vai ou não seguir adiante: Abrir mão. Então, descobrimos porque não devemos ter tantos freios no início. Porque precisamos ser nós mesmos. Você nunca será perfeito a vida inteira porque isso não existe e é humanamente IMPOSSÍVEL. Devemos ser nós mesmos o tempo todo, ser honestos, transparentes. Se você ronca enquanto dorme não adianta mascarar isso pois um dia seu parceiro saberá. Ninguém acorda sem bafo, penteado e algumas vezes cheirosas.
Abrir mão de manias e costumes
Muitos de nós, quando solteiros, cultivamos manias, descobrimos passatempos diferentes, etc. Porém, quando chega o momento de dividir sua vida com alguém, é o momento de abrir mão de alguma coisa por algo maior e, porque não, melhor? Desta forma demonstramos uma parte do nosso sentimento que alguns esquecem que é importante na relação: A importância. Quando alguém vale a pena deixamos para trás prazeres que faziam sentido ter quando estávamos solteiros. Vale a pena eu deixar de fumar? Deixar de me importar com selfies de biquinho? Usar menos o celular? Agora, se existe algum “vício” que é difícil de largar, então procure ajuda profissional. Porque só prometer que vai “resolver” não deixa ninguém feliz.
Mudar sem tocar na sua essência
Todos nós somos únicos. Cada um com seu universo particular. Quando amamos alguém de forma genuína muitas vezes mudamos para essa pessoa. Buscamos ser melhor cada dia, parceiro ideal não só para fazer o bem, mas SER o bem desta pessoa. Quando o amor existe, não temos fronteiras que impeçam de agradar quem amamos não porque devemos, mas porque queremos. Mudar quem somos sem agredir nossa essência é uma atitude de quem sabe separar o seu “eu real” e o “eu de amor”. O “eu real” é a pessoa que foi apresentada lá no início e foi cultivando, com o tempo, o “eu de amor”, que é aquela pessoa que nasceu depois de um beijo, um abraço apertado… Nossa essência é imutável e não mudará por nada e nem por ninguém.
Ressignificar: Palavra nova, mas contundente
Com o passar do tempo colecionamos relacionamentos ruins e, algumas vezes, trazemos junto manias, medos, inseguranças, traumas e aprendizados. É normal, em uma nova relação, muitas coisas que aprendemos lá no passado não valerem. Você precisa ressignificar algumas coisas. Ou seja, chega o momento em que você se frustra e passa a fazer escolhas. Ou você abre mão e aceita, ou passa pro próxima. Muitas vezes o que era bom na relação anterior, não significa que vai ser a mesma coisa nesta. Podem ser os beijos quentes, noites diárias intensas na cama, um tipo de abraço diferente. Então isso tudo vai atrapalhando e sua busca por alguém que caiba nessa lista passa a ser eterno. Uma nova relação é uma nova história.
Perfeição na imperfeição
Uma vida a dois não é e não pode ser só de beijos quentes, abraços apertados, fazer amor todos os dias e Netflix. Somos humanos e somos falíveis. Até que um dia desejou ter um presente de Deus e ganhou, em algum momento ele falhará. E, mesmo assim, prometendo a lua, movendo montanhas, nomeado uma estrela com o nome dele, um dia cometerá um erro. Procure, desde o início, lembrar que irá cometer erros e isso é parte do relacionamento. Desta forma deixamos claro que somos passíveis de cometer erros e humildes o suficiente para assumi-los. Portanto, amar é ter todo o pacote completo. Abrir mão de alguns julgamentos, faz parte dele.
O Desafio do Início de Um Relacionamento
Desde o primeiro olhar, o primeiro beijo, queremos dizer tudo o que sentimos, tudo o que vem a nossa cabeça e gritar pro mundo que ama essa pessoa. Devemos ter freios? Sim, mas um pouco. Porque, quando estamos conhecendo alguém e temos interesse mútuo, este é o momento em que estamos mais vulneráveis. Você quer tudo naquela hora e a pessoa no seu lado quer também e muito. Mas precisamos ser honestos não só com a pessoa, mas com a gente mesmo. Faça essa perguntar antes de qualquer coisa: Estou pronto para abrir mão de certas coisas? Estou pronto para conviver com algumas diversidades que virão desta pessoa? Estou realmente pronto para mostrar quem eu realmente sou invés de abandonar tudo?
Então, pense bem. A vida a dois é linda, perfeita e cheia de amor e carinho. Porém, toda a bela flor tem seus espinhos e um dia irão ferir você. O que você faz? Vai cortar ela e jogar fora? Ou entenderá os porquês dos espinhos dela?
Paz e Luz para todos! Até a próxima.
Conheça nossa página no Facebook – Na Companhia do Café
Deixe um comentário